Pesquisa chilena indica que bruxismo pode ser genético

Por Jornal Odonto
09 jan 2017



Estudo publicado por investigadores do Chile indica que algumas formas de bruxismo podem estar relacionadas a fatores genéticos. Eles destacam que o bruxismo durante o sono é duas vezes mais comum em pessoas com uma mutação no gene receptor de serotonina.

Alguns estudos realizados anteriormente já haviam sugerido que os neurotransmissores do sistema nervoso central e os seus genes poderiam estar na origem do bruxismo. Mas o estudo agora publicado por investigadores da Universidade de Frontier (UFRO), no Chile, avaliou vários genes relacionados com a serotonina em 130 pacientes com alguma forma de bruxismo. Desses, 61 sofriam de bruxismo diurno, 26 sofriam de bruxismo durante o sono e 43 sofriam das duas formas da doença.

Quando se comparou as frequências genéticas de pacientes com bruxismo e pacientes saudáveis, os resultados mostraram que os pacientes com bruxismo tinham uma diferença significativa na codificação do gene 5-HT2A, que pertence à família dos genes receptores de serotonina. Os resultados sugerem que os polimorfismos nas vias serotonérgicas estão relacionadas com o bruxismo durante o sono.

O bruxismo afeta cerca de um em cada cinco adultos e mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo, causando danos severos na dentição. Até agora, a doença tem sido associada apenas a condições como problemas mentais, ansiedade e stress.

Imagem por CS6 Acupuntura